sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

II


Quem dera ao tempo ter passado,
assim de braçado,
quase como que de braço dado,
por onde ainda não chegou.
Não há nuvem que não se desfaça em lágrimas,
nem sol que não se apague,
nem lua que não se leve a nova.
Nem cinza que não se lave com água.
Ou céu que nos salve.
E o tempo sabe.
Só não sabe se lembrar.

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