sr. dragão, faça-se ministro
que quando insisto não há volta a dar!
artur e s. jorge? um está morto
e nunca vi santo a descer do altar.
sr. dragão, faça labaredas e sangue,
antes sangrias a serventias a grandes!
se fizer tudo pela pátria, eu o canto:
uma foto sua na minha melhor estante!
sr. dragão, que é aquilo lá ao longe?
é prospecção, mas o tirano a esconde:
há que a saquear, tirá-la à força!,
mostre-se cruel que o hábito não faz o monge!
sr. dragão, quero um subsídio,
inalar fumos sulfurosos dá-me prá doença.
não é que o vá perseguir de forquilha na mão
mas vou para a praça pública gritar sua sentença!
sr. dragão, quero a sua demissão,
é tão corrupto como quem sofreu sua lição!
peço-lhe com jeito, em jeito de poema:
desça do seu banco ou choros mil! na sua profissão.
sr. dragão, não foi feito para o trono,
pensava c'ajudar o monstro me safava do outro:
sr. dragão, já me deu seu ensinamento!
faça favor de sair! ou de ser para um amigo um ombro,
que de labaredas e tormentos vivi eu já habituado!
sr. dragão: a porta é por aquele lado.
Sem comentários:
Enviar um comentário