quinta-feira, 12 de junho de 2014

lá,
longe,
para lá do vale de silicone,
onde as tretas são sinceras
e as pretas dançam o samba quando o canto não é choro,
o super-homem tem a sua própria mentalidade e consciência superior
e escolhe ir dançar o carnaval no rio.

lá,
longe,
o tom jobim tocou a bossa nova,
o tom zé falou no tempo da nossa vovó
e mau tom é só quem não esboça um sorriso.

lá,
bem longe,
as favelas crescem nas montanhas,
com felicidade na cara da pobreza,
bola no pé
e sonho de realeza.

lá,
mais perto que longe,
a longevidade são mais anos para fazer sensação,
quem mexe bem o pé ou vai fintar
ou vai marchar:
ficar parado é que não,
porque bem sabem que a canção é a solução:
ordem e progresso de nada valem
se quem tem voz grita
e se quem devia andar fica parado.

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